quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011


As cobras, Luís Fernando Veríssimo

Calvin and Hobbes on ignorance

"As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio ato em que nos conhecemos, nos desconhecemos. Dizem os dois "amo-te"ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um que dizer uma idéia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstrata de impressões que constitui a atividade de alma... É de compreender que sobretudo nos cansamos. Viver é não pensar."
Fernando Pessoa

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Lenda dos Mil Tsurus de Origami




Ninguém sabe desde quando existia uma lenda no Japão segundo a qual, aquele que fizesse mil tsurus de origami teria um pedido atendido pelos deuses. Mas essa lenda ficou mundialmente conhecida com a história de uma garotinha chamada Sadako Sasaki.

Sadako nasceu em Hiroshima e tinha apenas dois anos de idade quando os americanos lançaram a bomba atômica sobre a cidade. Ela vivia distante do epicentro da bomba e juntamente com a mãe e o irmão, saiu ilesa do ataque. Mas consta que durante a fuga, eles foram encharcados pela chuva negra (radioativa) que caiu sobre Hiroshima ao longo daquele dia fatídico.

Retomando suas vidas após o término da guerra, Sadako e sua família viviam normalmente e ela era uma garota aparentemente saudável até completar doze anos de idade, quando recebeu o diagnóstico de leucemia, doença que já matava outras crianças expostas à bomba.

A pequena Sadako foi internada em fevereiro de 1955, com a previsão de sobrevida de apenas 1 ano.

Em agosto desse mesmo ano, sua melhor amiga, Chizuko Hamamoto foi visitá-la no hospital. Chizuko fez uma dobradura de tsuru e presenteou Sadako, contando-lhe a lenda dos mil tsurus de origami.

Sadako decidiu fazer os mil tsurus, desejando a sua recuperação. Mas a doença avançava rapidamente e Sadako cada vez mais debilitada, prosseguia dobrando lentamente os pássaros, sem mostrar-se zangada e sem entregar-se.

Em dado momento Sadako compreendeu que sua doença era fruto da guerra e mais do que desejar apenas a sua própria cura, ela desejou a paz para toda a humanidade, para que nenhuma criança mais sofresse pelas guerras. Ela disse sobre os tsurus: "Eu escreverei PAZ em suas asas e você voará o mundo inteiro".

Por fim, na manhã de 25 de Outubro de 1955, Sadako montou seu último tsuru e faleceu, amparada por sua família. Ela não conseguira completar os mil origamis, fizera 644. Mas seu exemplo tocou profundamente seus colegas de classe e estes dobraram os tsurus que faltavam para que fossem enterrados com ela.

Tristes e sensibilizados, os colegas decidiram fazer algo por Sadako e por tantas outras crianças. Formaram uma associação e iniciaram uma campanha para construir um monumento em memória à Sadako e à todas as crianças mortas e feridas pela guerra. Com doações de alunos de cerca de 3100 escolas japonesas e de mais nove países, em 1958, foi erguido em Hiroshima o Monumento das Crianças à Paz, também conhecido como Torre dos Tsurus, no Parque da Paz.

O monumento de granito simboliza o Monte Horai, local mitológico, onde os orientais acreditam que vivem os Espíritos. No topo do monte está a jovem Sadako segurando um tsuru em seus braços estendidos. Na base do monumento estão gravadas as seguintes palavras:

"Este é nosso grito,
Esta é nossa oração:
PAZ NO MUNDO"

Todos os anos, milhares e milhares de tsurus de papel colorido são enviados de toda parte do Japão e do mundo, num gesto de carinho que demonstra também a preocupação das crianças e o poder delas de trabalhar por uma causa justa.
Fontes:

www.nte-jgs.rct-sc.br
www.en.wikipedia.org
www.wiki.answers.com
http://www.asiashop.com.br/custom.asp?IDLoja=7773&arq=Origami_Tsuru.html

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tristes tempos...

“Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
Amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
muito para atingirmos um nível razoável de
cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)”
Carlos Drummond de Andrade

domingo, 21 de agosto de 2011

Romeo and Juliet, 1884 - Frank Dicksee


Sala São Paulo

O centro de São Paulo me fascina a cada dia mais. É realmente uma pena que às vezes esqueçamos quanta beleza há na cidade, em meio ao dia-a-dia corrido... 


Uma visita à Sala São Paulo vale cada minuto. A arquitetura é linda e a acústica da sala impressiona, até aos menos entendidos em música. Abrir um pacotinho de bala em meio a um concerto pode ser quase uma catástrofe... rsrsrs... sério!

A Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, foi inaugurada em 9 de julho 1999, com o parte do Centro Cultural Júlio Prestes.

A Estação Júlio Prestes foi construída entre 1926 e 1938 para ser a sede e ponto de partida para a Estrada de Ferro Sorocabana. Foi projetada por Christiano Stockler das Neves em 1925, e seu estilo é marcado pela sobriedade dos ornamentos e detalhes em estilo Luís XVI.

No site da OSESP, http://www.osesp.art.br/portal/home.aspx, Nelson Dupré, arquiteto responsável pelo restauro da Sala São Paulo e José Augusto Nepomuceno, consultor de acústica do projeto de restauro da Sala São Paulo, descrevem um pouco mais do processo de criação deste incrível presente para a cidade de São Paulo. 





domingo, 14 de agosto de 2011

Como nossos pais

Música imortalizada por Elis Regina... 


Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

Composição: Belchior



Churros Adega Santiago

Valeu a dica do maître: os churros realmente são uma delícia. Acho que valem uma visita só para eles...

De origem espanhola, o churro é comumente servido na Penísula Ibérica sem recheio, apenas passado em canela e açúcar e acompanhado de chocolate quente espesso ou café com leite. 


CHURRO (Adega Santiago)




CHURRO (Adega Santiago)

Ingredientes
60 g farinha de trigo
1 colher(chá) amido de milho
Pitada de sal
Pitada de açúcar (para a massa)
100 ml água
50 g manteiga
1 ovo
Açúcar e canela a gosto para polvilhar
60 g de doce de leite quente

Rendimento: 8 minichurros

Preparo

Misture a farinha com o amido de milho, a pitada de açúcar e de sal.
Em uma panela antiaderente aqueça a água e derreta a manteiga.
Junte as farinhas de uma vez e mexa com uma espátula rapidamente para não empelotar.


Retire do fogo, acrescente o ovo e continue a mexer até soltar da panela. Leve a massa à geladeira por 30 minutos para descansar e esfriar. Modele os churros na máquina ou use um saco de confeitar. Frite em óleo quente por três minutos ou até dourar.


Passe os churros fritos pela mistura de açúcar e canela, a gosto, e sirva com uma cumbuca o doce de leite aquecido.
  


“Tem quem almoce em outros restaurantes da região e vem aqui só para comer churro”, afirma Marcela Tiradentes, chef do Adega Santiago. “De cada 100 sobremesas que saem, 80 são churros. É, com certeza, nosso campeão de vendas”, afirma. 

Claro, com tantas calorias, dá para imaginar... rsrsrs

Adega Santiago
R. Sampaio Vidal, 1072. Tel.: 11 3081-5211


Fotos: Leticia Moreira/Folhapress

Steve Jobs em Stanford


Quem foi a Maria de Portinari





Maria Martinelli Portinari, viúva do pintor Candido Portinari (1903-1962), nasceu no Uruguai em 1912 e conheceu Portinari aos 18 anos. Casaram-se no ano seguinte, em 1930.
Ao longo de três décadas de vida em comum, Maria cuidou, com zelo de todos os aspectos materiais do artista, transformando-se, por vontade própria, em marchand e administradora, para que Portinari pudesse dedicar-se exclusivamente à pintura.
Intuindo o valor histórico da vida e obra do marido, desde os primeiros momentos ela reuniu material sobre o marido, arquivando recortes de jornais e revistas, cartas e fotos que se tornaram a base do acervo documental e da pesquisa do Projeto Portinari.
Faleceu aos 94 anos, em 28 de Março de 2006. 




Portinari

"E voa para nunca-mais a mão infinita a mão-de-olhos-azuis de Cândido Portinari"... Drummond




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

La joie de vivre - Marc Chagall


La joie de vivre - Henri Matisse


La joie de vivre - Vasile Stan


La joie de vivre - Pablo Picasso

Robert Delaunay – Rythme, joie de vivre - 1930


New York...


Eric Fischer

http://www.flickr.com/photos/walkingsf/5926359544/

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Do medo da morte

"Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno."

Cecília Meireles

domingo, 31 de julho de 2011

Época de Ipês Roxos em São Paulo

Já repararam em como a cidade está enfeitada de Ipês Roxos, Rosas e também Amarelos nesta época do ano? O Ibirapuera, em especial, fica lindíssimo...



Preciso me Encontrar - Cartola



Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir prá não chorar

Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O que lidera o valor intangível de um casal ?

"Quando pensamos numa dupla, num casal, existem coisas tangíveis, materiais. Por exemplo enriquecer, ou administrar despesas, divisão de tarefas. Existem muito mais coisas intangíveis, não materiais. Por exemplo o tal do famoso amor (o encontro e a tolerância dos defeitos quase sempre não tolerados!) , a educação dos filhos, a sexualidade, a amizade… Mas existe um outro plano mais sutil que trata da ” representação do entorno “. Mostra-me o teu marido e dir-te-ei quem és, ou talvez, quem já fostes um dia? Revela-me a tua esposa e saberei muito de ti.

Nossas escolhas e nossas companhias íntimas costumam ser gigantescas janelas escancaradas para gritar o que somos la dentro dos recônditos das nossas almas.

Nossas companhias podem ser o eco de luzes íntimas, ou de trevas carentes e sequiosas, necessitadas de consciência. Passei a prestar atenção muito recentemente nesse ângulo das descobertas humanas, íntimas e inspiradoras. O que a sua companheira fala de voce, sem nada precisar dizer, mas que tudo conta através dos seus valores, comportamento, diálogos, visões de mundo, atitudes ? E o que o seu companheiro segreda de voce, também sem nada precisar falar de voce? mas ao se mostrar ao mundo, ao seu lado, ele esta contando partes de luz e de trevas de algo verdadeiro da sua legítima alma.

Por fim analiso, este casal apresenta : 1) Um valor dignificante mais elevado como casal? 2) é neutro? 3) uma resultante inferior ao individual de cada um ? Quem tira o brilho, quem agrega luz, quem passa neutralidade ? como se numa estratégia que usamos em marketing, chamada de ” co brand “, colocar duas marcas juntas, por exemplo Coca-Cola e McDonalds; saber se isso amplia o valor percebido desse casal, ou retira valor, banaliza. A reputação de uma dupla, de um casal, isso fala e gera uma “sinergia ” aspiracional no entorno social daquela dupla, ou instiga muito mais uma ” alergia ”? Existem valores intangíveis inumeráveis numa associação, nas duplas, nos casais, uniões, casamentos e mesmo no mundo corporativo, nas ”joint venture“. O que lidera o valor intangível de um casal, seja ele qual for?

Seria sensato nos questionarmos: se desenvolvemos uma honesta análise nas nossas escolhas de parcerias íntimas, movidos pelo padrão de qualidade iluminada, ou pela cegueira angustiante das nossas fraquezas e ausências de luz?

Mas, algo poderia adiantar: ”se voce não gosta da sua mulher ou do seu homem, ou da sua sociedade, olhe para dentro de voce mesmo, voce esta vendo do lado de fora o eco de uma fraqueza revelada e insuportável. Se voce, ao contrário amplia a admiração pelo outro, veja ali o espelho de boas luzes interiores, ou afinidades convergentes."

Assisti associações de grandes grupos empresariais fracassarem por terem integrado muito mais o ”dark side” das forças, do que o melhor que tinham a oferecer. Isso vale para tudo na vida. Não adianta reclamar, somos o começo, o fim e o meio, como dizia Raul Seixas.

O que anda liderando as suas decisões de parcerias?"

José Luiz Tejon Megido, exame.com

As Mulheres de 30

"O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz:

'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.

Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'.E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo entre 30 e 40?

Mas voltemos a nossa mulher de 30, a brasileira-tropicana, aquela que podemos encontrar na frente das escolas pegando os filhos ou num balcão de bar bebendo um chope sozinha. Sim, a mulher de 30 bebe. A mulher de 30 é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passa, automaticamente, a ter 40. E o que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!

A mulher de 30 está para se separar. Ou já se separou. São raras as mulheres que passam por esta faixa sem terminar um casamento. Em compensação, ainda antes dos 40 elas arrumam o segundo e definitivo.
A grande maioria tem dois filhos. Geralmente um casal. As que ainda não tiveram filhos se tornam um perigo, quando estão ali pelos 35. Periga pegarem o primeiro quarentão que encontrarem pela frente. Elas querem casar.

Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelas, embora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros. Já notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.

O problema com esta faixa de idade é achar uma que não esteja terminando alguma tese ou TCC. E eu pergunto: existe algo mais excitante do que uma médica de 32 anos, toda de branco, com o estetoscópio balançando no decote de seu jaleco diante daqueles hirtos seios? E mulher de 30 guiando jipe? Covardia.

A mulher de 30 ainda não fez plástica. Não precisa. Está com tudo em cima. Ela, ao contrário das de 20, nunca ficou. Quando resolve, vai pra valer. Faz sexo como se fosse a última vez. A mulher de 30 morde, grita, sua como ninguém. Não finge. Mata o homem, tenha ele 20 ou 50. E o hálito, então? É fresco. E os pelinhos nas costas, lá pra baixo, que mais parecem pele de pêssego, como diria o Machado se referindo a Helena, que, infelizmente, nunca chegou aos 30?

Mas o que mais me encanta nas mulheres de 30 é a independência. Moram sozinhas e suas casas têm ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertas. Elas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, à hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.

São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam.

Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'.

Ponto. Pra elas.""
Mário Prata, Revista Época

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O momento decisivo

“Il n’y a rien dans ce monde qui n’ait un moment decisif” - Henri Cartier-Bresson 









“There is nothing in this world that does not have a decisive moment”

terça-feira, 19 de julho de 2011


"Os homens devem moldar seu caminho. A partir do momento em que você vir o caminho em tudo o que fizer, você se tornará o caminho." Miyamoto Musashi, em O Livro dos Cinco Anéis. 

Cherry blossom

O passeio de domingo incluiu uma visita às bancas de flores da Dr. Arnaldo para ter idéias para a decoração do casamento. Sem dúvida, as flores que mais me chamaram a atenção foram as famosas flores de cerejeira... Simplesmente lindas! Uma pena serem encontradas apenas nesta época do ano. Em março, nem pensar - me disseram. Isto porque o cultivo da cerejeira é realizado em regiões frias. No Brasil, apenas três variedades são cultivadas, no Estado de São Paulo. 





A flor da cerejeira ou Sakura, em japonês, é a flor símbolo do Japão. Lá, a chegada da primavera é comemorada por toda a população com seus HANAMI (apreciação das flores) ou com piqueniques sob a florada. Nos Estados Unidos, no Washington National Cherry Blossom Festival, festeja-se a florada de quase 8.000 cerejeiras anualmente. As primeiras 3000 mudas foram plantadas em 1912, após doação pelo Governo Japonês em comemoração a amizade entre os dois países.




Bela, fugaz, a flor de cerejeira é representa a efemeridade da vida, já que a árvore só permanece florida por um curto período do ano. O filme Hanami - Cerejeiras em flor -  traduz toda esta simbologia...